segunda-feira, 27 de abril de 2009

PARÓQUIA DE SANTO ANTÔNIO EM JUIZ DE FORA

Paróquia de Santo Antônio, a mais antiga da cidade.


A devoção a Santo Antônio foi introduzida oficialmente em Juiz de Fora por Antônio Vidal, em 1741. Na ocasião, esse morador da vila solicitou à diocese de Mariana a construção de uma capela em sua fazenda dedicada ao santo de sua devoção- Santo Antônio. Nesse período, Santo Antônio já era um dos santos mais populares no Brasil e em Portugal.

Em 1844, a Igreja recebe do Governador da Província de Minas o requerimento permitindo a construção de uma outra capela, agora no núcleo da vila de Juiz de Fora, atendendo ao anseio dos moradores que, com o crescimento da vila, já sentiam a necessidade de uma capela para a realização de seus cultos. O terreno para a construção foi doado pela família Tostes.

Em 1847, é inaugurada a capela de Santo Antônio, mantendo-se assim a devoção ao santo iniciada na vila por Antônio Vidal. A imagem do santo colocada na nova capela, foi retirada da que havia sido construída na fazenda de Antônio Vidal, anos antes. Daí vem a história de "Santo Antônio Fujão". Reza a lenda que a imagem de Santo Antônio voltava para tal fazenda sem que ninguém a levasse. A imagem era devolvida a capela e novamente "fugia" para a fazenda de Vidal. Tudo indica se tratar de uma disputa entre as duas comunidades. Ligado à capela do centro da vila também foi construído um cemitério.

Em 31 de maio de 1850, a Capela de Santo Antônio deixa de pertencer à Freguesia de Simão Pereira e passa a ser a Paróquia de Santo Antônio do Paraibuna. O primeiro vigário da matriz foi o padre Thiago Mendes Ribeiro. A elevação da categoria de capela para matriz coincidiu com a emancipação de Juiz de Fora.

Com o crescimento da cidade, houve a necessidade de se ampliar as dependências da Igreja. Em 1864, o cemitério foi transferido para outro local e a Igreja foi derrubada para a construção de uma outra. Em 1866 foi inaugurada a nova igreja matriz.

Em 1924, Juiz de Fora se desvincula da Diocese de Mariana e passa a ser também uma diocese. O primeiro bispo de Juiz de Fora foi Dom Justino José de Sant'Anna e a Matriz de Santo Antônio tornou-se, então, Catedral.

Na década de 40, Dom Justino lança a idéia de fazer uma reforma na matriz, adotando um projeto arquitetônico de Catedral em estilo gótico. Enquanto faz a campanha para arrecadar fundos para a concretização de seu projeto, o teto da Catedral desaba. Sem os recursos necessários para a "Catedral Gótica", construiu a cúpula da igreja, as varandas em frente ao relógio, aumentou as laterais, preservando as torres da antiga Catedral. As obras começaram em 1950 e a igreja foi reinaugurada em 1966.

Em 1997 foi criado o Centro da Memória da Arquidiocese de Juiz de Fora para reunir, conservar e pesquisar a história da Igreja na cidade e região. O Centro da Memória funciona nas dependências do Seminário Arquidiocesano Santo Antônio


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